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A inflação no Brasil tem sido um grande problema da economia brasileira, principalmente ao longo do século XX. O primeiro grande ciclo inflacionário registrado pelo país ocorre na década de 1940, cuja primeira metade foi marcada pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando os preços cresceram em 215,6% no período entre os anos de 1940 e 1949 (12,2% ao ano, em média). Após 1945, no entanto, o governo manteve congelados os preços das moedas estrangeiras, o que manteve a inflação em índices moderados.
Nos anos 1950, a inflação alcança acumulado próximo de 460%, mais que dobrando os índices da década anterior, com taxas anuais oscilando entre 12% e 40%, em um período caracterizado por transformações estruturais na economia brasileira. Na década de 1960, a taxa de inflação passou de 30% em 1960 para mais de 90% em 1964. Após políticas de controles de preços, cortes do orçamento do governo e redução dos salários permitiram um recuo para 35/40% em 1965-66, cerca de 25% em 1967-68 e por volta de 19% anuais no fim da década.
Nos anos 1970, enquanto ocorria o milagre brasileiro, a inflação chegaria até os níveis de 80% ao ano. Na na década de 1980, o Brasil já havia passado por um dos mais longos períodos de instabilidade monetária do período pós-guerra, mas a inflação voltou a disparar, chegando ao patamar de 100% em 1981 e 1982 e 200% em 1983-85 e, no final de 1989, uma variação global de preços de 1.800%, com uma inflação mensal de cerca de 50% em dezembro de 1989. No início dos anos 1990, o Brasil registrou três meses de um ciclo de hiperinflação e os níveis inflacionários continuaram elevados (taxas de até 3.000% ao ano) até a metade da década, quando o Plano Real conseguiu estabilizar a economia brasileira.